Apesar da violência, igrejas ainda são consideradas local de refúgio para mulheres vítimas de violência

Apesar da violência, igrejas ainda são consideradas local de refúgio para mulheres vítimas de violência

 A igreja é a segunda instituição mais procurada pelas mulheres vítimas de agressão, segundo Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, que neste ano foi realizada com sua maior amostragem histórica, 21.787 mulheres. Em artigo para a revista Exame, a diretora-executiva do Instituto Avon, Daniela Grelin (@danielamgrelin), revela que 45% das entrevistadas afirmaram “recorrer à igreja” quando perguntadas: “Qual foi sua atitude em relação à agressão?” A família teve 60% das respostas, e os amigos, 42%. Grelin ressalta o papel importante das lideranças e comunidades de fé no acolhimento dessas mulheres e desafia as congregações a se prepararem melhor para esse grande desafio. “Até que ponto as comunidades de fé têm refletido a noção de que todas as vidas humanas são igualmente dignas e valiosas?”, questiona.  

Para apurar: igrejas que já contam com trabalhos organizados de acolhimento a mulheres vítimas de violência doméstica. Não são muitas, mas o número cresce lentamente.  


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.