POR QUE O OBSERVATÓRIO EXISTE?

Segundo dados do DataFolha de 2019, um a cada três brasileiros é evangélico e eles são predominantemente negros ou pardos, pobres, moderadores das periferias e do sexo feminino. Se o número de evangélicos continuar crescendo na mesma velocidade das últimas décadas, o Brasil se tornará um país de maioria protestante até 2032.

Esse também é um segmento diverso em termos de referências teológicas, perspectivas de mundo e denominações religiosas. E vem conquistando influência crescente na política, na cultura e em outros âmbitos da sociedade. Mas a importância desses novos atores sociais, que vêm sendo estudados de maneira competente por cientistas sociais, ainda é um tema pouco conhecido por intelectuais, formadores de opinião e jornalistas.

O desinteresse pelos - e em alguns casos o preconceito contra - os evangélicos contribui para o fortalecimento do conservadorismo político no país e, por causa disso, pautas importantes como combate ao racismo estrutural, desenvolvimento social e sustentabilidade são afetadas negativamente.

A missão do Observatório Evangélico é auxiliar jornalistas e formadores de opinião a conhecer melhor esse tema, para que a sociedade em consequência também fique informada sobre sua complexidade e importância .

O OE atua de duas formas: como uma "assessoria de imprensa" com a função social de conectar jornalistas e formadores de opinião a evangélicos de denominações diversas e acadêmicos especialistas no tema do cristianismo no Brasil, e também como uma plataforma para esses mesmos curadores repercutirem e debaterem notícias do momento relacionadas ao cristianismo evangélico.

Somos uma associação sem fins lucrativos, sem vínculos com igrejas ou com partidos políticos, mantidos entre 2022 e 2023 pelas fundações Tide Setubal e Galo da Manhã.

Os artigos publicados traduzem a opinião dos curadores que assinam cada participação, e não a do Observatório, que é um espaço para a promoção de debates relacionados ao cristianismo evangélico no Brasil.

Ele foi criado pelo antropólogo Juliano Spyer, autor do livro Povo de Deus - Quem são os evangélicos e por que eles importam (Geração 2020).