Aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, PEC que autoriza igrejas a pagar menos impostos volta a ser debatida, e outras notícias nacionais
Aprovada em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, PEC que autoriza igrejas a pagar menos impostos:
Aprovada em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, a PEC amplia a imunidade tributária para entidades religiosas e templos de qualquer culto, impedindo a criação de impostos sobre bens e serviços necessários para seu funcionamento. O mecanismo inclui a devolução de tributos pagos. O texto inicial foi limitado às entidades religiosas pelo relator, com apoio do governo, e tem impacto estimado de R$ 1 bilhão anualmente. (G1)
Entenda a PEC que autoriza igrejas a pagar menos impostos:
Para entender a PEC que amplia a imunidade tributária para igrejas e templos religiosos, uma matéria detalha os principais pontos. As seis perguntas abordadas são: "Hoje, as igrejas têm direito a isenção tributária?", "O que muda com a PEC?", "Como funcionará a isenção?", "O que os defensores da proposta querem assegurar?", "O que ficou de fora do texto?" e "Quais os próximos passos da proposta?". Proposta por Marcelo Crivella, a medida permite que essas entidades paguem menos impostos. Originalmente, a proposta estendia o benefício a outras instituições, mas foi limitada pelo relator da comissão especial, Dr. Fernando Máximo. A proposta, se aprovada, permite que as entidades solicitem a devolução dos tributos pagos por meio de créditos tributários. (G1)
Pastor que atacou Lula se diz arrependido de ser bolsonarista: 'Vergonha'
O pastor evangélico Anderson Silva, que pediu a Deus que "arrebentasse a mandíbula" do presidente Lula, afirmou nas redes sociais que se arrepende de ter apoiado Jair Bolsonaro (PL) e de ter "bolsonarizado" a religião. Ele admitiu, em um vídeo publicado em seu perfil do Instagram, que a "bolsonarização" afastou pessoas da esquerda que se identificavam com ele. Segundo Anderson Silva, parte das igrejas evangélicas idolatram Bolsonaro e classificou ainda seu ataque a Lula como "desnecessário". Na semana passada, o pastor pediu que os evangélicos não fossem ao ato de apoio a Bolsonaro, organizado pelo outro pastor Silas Malafaia na Avenida Paulista, em São Paulo. Ele afirmou que "o evangelho não é o bolsonarismo". Anderson Silva também criticou a qualidade dos políticos bolsonaristas e disse que eles "não produzem nada" (Uol)
Evangélicos veem chance “de ouro” para Lula se reaproximar de igrejas:
Lideranças religiosas do Congresso Nacional avaliam que uma PEC que amplie a imunidade tributária de igrejas e templos pode ser uma oportunidade para o presidente Lula se reaproximar dos evangélicos. Eles planejam sugerir a Lula um ato de apoio à proposta no Palácio do Planalto. Caso a PEC seja aprovada, há quem defenda que Lula faça um gesto e compareça à sessão de promulgação. Desde a campanha eleitoral de 2022, Lula tem sido aconselhado a buscar essa reaproximação. A PEC foi aprovada em uma comissão especial da Câmara sem resistência do governo e pode ser levada rapidamente ao plenário. O objetivo das lideranças evangélicas é aprovar a PEC na Câmara e no Senado antes da Semana Santa. (Metrópoles)
Especialista da USP comenta sobre as imagens religiosas de ato bolsonarista feitas por IA:
Antes mesmo das redes sociais começarem a disseminar as primeiras imagens dos apoiadores de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, já circulavam fotos de uma multidão vestida de verde e amarelo, destacando-se também figuras religiosas e míticas, como anjos e um cavaleiro em armadura. Essas representações, associadas à manifestação, geram discussões sobre uma possível influência do segmento evangélico nesse movimento, sugerindo uma mistura entre política e religião que remete a um imaginário autoritário e hierárquico, conforme apontado por especialistas como o professor Eugenio Bucci da USP. (Estadão)
Após ser expulsa de igreja, evangélica bissexual cria igreja inclusiva:
A jornalista Luciana Petersen, criada em uma família pastoral evangélica, fundou a comunidade Oásis, uma igreja inclusiva no Rio de Janeiro, após ser expulsa de sua igreja por defender os direitos LGBTQIAP+. Sua vida sempre foi profundamente influenciada pela religião, enfrentando proibições e restrições desde a infância. Na faculdade, teve contato com cristãos progressistas, o que a levou a questionar as estruturas institucionais e a compreender sua bissexualidade. Sua jornada também a levou a se tornar pastora, desafiando as normas tradicionais e buscando legitimar as vozes das mulheres e minorias dentro da espiritualidade evangélica. (Marie Claire)
Igrejas evangélicas apostam em parede preta e 'clima de show' para atrair fiéis
Igrejas evangélicas no Brasil, seguindo o modelo introduzido pela Hillsong da Austrália, estão adotando um ambiente que lembra shows para atrair fiéis, caracterizado por paredes pretas, música alta, muitas luzes e uma atmosfera vibrante. Este estilo, que visa atrair especialmente os jovens e aqueles descontentes com o conservadorismo das igrejas tradicionais, inclui cultos dinâmicos com louvores, orações, testemunhos, ofertas, e ministração da palavra, fazendo uso intenso de vídeos e projeções. A estratégia, que busca aflorar emoções e oferecer uma experiência imersiva semelhante à de uma sala de cinema, tem se espalhado por várias igrejas no país, adaptando-se aos tempos modernos sem alterar a essência da mensagem bíblica. Apesar da popularidade e da capacidade de alcançar um público maior, especialmente através das redes sociais e transmissões online, a abordagem tem recebido críticas de alguns que temem que a ênfase nos elementos estéticos possa ofuscar a centralidade da mensagem cristã (Folha de São Paulo) .