Congregação Cristã é denominação ou seita?
Pastor e teólogo respeitado, o reverendo Augustus Nicodemus, da Igreja Presbiteriana do Brasil, causou polêmica ao reiterar, nesta última semana, no Instagram, que a Congregação Cristã no Brasil não é denominação evangélica, mas uma seita. Igrejas como a Assembleia de Deus e Universal já se posicionaram da mesma forma. No concílio que realizou em julho de 2022 em Cuiabá (MT), a Igreja Presbiteriana do Brasil já mencionara a “desqualificação” da CCB, explicando que o estatuto da igreja, que antes declarava que a Bíblia é a “infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo”, mudara para a Bíblia “contém” a Palavra de Deus, abrindo margens para novas interpretações. “Essa é a posição da Igreja Presbiteriana do Brasil desde 2022, com a qual eu concordo inteiramente, uma vez que a CCB tem algumas práticas que são características de seitas”, declarou Nicodemus, provocando muita repercussão nas redes.
Para aprofundar: O que leva teólogos a classificarem a CCB desta forma? O que define uma seita? Que práticas da igreja CCB diferem das evangélicas tradicionais? Como a Congregação lida com questões de gênero e diversidade?
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Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.