CPI das Igrejas Evangélicas, o tema da semana

CPI das Igrejas Evangélicas, o tema da semana

CPI das Igrejas Evangélicas I

Até às 17h30 deste domingo (13) um dos temas mais comentados no X (ex-Twitter) era “CPI das Igrejas Evangélicas, com 40,5 mil postagens.  

Internautas do X começaram o movimento durante a semana, após desdobramentos do pedido de CPI envolvendo o trabalho do padre Julio Lancellotti. Eles argumentam que as igrejas evangélicas “recolhem milhões de reais em dízimo e, mesmo assim, são livres de impostos”, informa o Correio Braziliense. “Algumas instituições religiosas pedem contribuição aos fiéis como requisito para a permanência na denominação e não existe um controle fiscal rígido em relação à destinação dos montantes arrecadados”, diz a matéria assinada por Aline Brito.  

“Algumas igrejas chegam a movimentar milhões de reais. Seus fiéis, mesmo diante de dificuldades financeiras, chegam a doar todos os seus bens, carros, casas, enquanto os líderes dessas igrejas vivem do bem e do melhor, viajam para Dubai, vivem em mansões”, argumentou o professor e político Thiago Bagatin, em vídeo que circula nas redes sociais.”

CPI das Igrejas II - É ‘igrejofobia’?

Para defender-se da onda de críticas à falta de transparência financeira envolvendo as comunidades evangélicas, o líder da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO), afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense: “No Brasil há muito mais cristofobia do que, de fato, homofobia. É perceptível e lamentável que estamos convivendo com a ‘igrejofobia’, quando fatos isolados são usados para macular uma instituição vital para a rotina e perpetuação dos valores advindos do cristianismo”, disse. “Somos cerca de 70 milhões de evangélicos no país, mais de 200 mil ministros, não se pode pegar fatos isolados e comprometer a instituição igreja. É bom lembrar que fazemos um gigantesco trabalho social praticamente a custo zero para o erário público”, justificou o deputado.

Para apurar: o tema deve ganhar força na semana, e pode ser repercutido junto a pastores da ala conservadora e mais progressista, a própria Frente Parlamentar Evangélica, Câmara dos Deputados, cientistas da religião e da política.

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.