Crentes podem celebrar o Halloween?

Crentes podem celebrar o Halloween?

Na semana do “gostosuras ou travessuras?”, a frase que caracteriza as festas de Halloween, sites evangélicos de diferentes matizes trazem entrevistas com ex-bruxos/bruxas ou ex-satanistas, alertando os cristãos a se afastarem das abóboras. Unir essas histórias e buscar personagens locais daria uma matéria interessante. Cito três exemplos: 

Na Folha Gospel, o ex-satanista e agora evangelista, John Ramirez, afirma que a abóbora era usada como símbolo da Santeria — “religião cubana conhecida como o “caminho dos santos”, fundada pelos povos escravizados da África Ocidental, mais conhecida no Brasil como Umbanda ou Candomblé.” Segundo Ramirez, a abóbora é um símbolo que pertence a um principado demoníaco: “Conhecida como a ‘mãe dos rios’, ela opera com abóbora, mel, dinheiro e ouro. E ela é uma transfiguração de Jezabel na Bíblia”.

No Gospel Prime aparece a história de “Jenn Nizza, uma mulher que serviu ao diabo por 25 anos” e que alerta sobre as consequências das práticas ocultas. “Jenn atuou como médium por mais de duas décadas antes de abandonar o ocultismo para seguir Jesus Cristo. Hoje, ela compartilha suas experiências e faz um alerta sobre o que as práticas demoníacas podem causar na vida de uma pessoa.”

O Christian Post fala sobre Katherine Von Drachenberg, uma tatuadora de celebridades de Hollywood. Segundo o site, Drachenberg foi batizada durante um culto em uma igreja de Indiana. Ela compartilhou o vídeo da cerimônia no Instagram. Em 2022, ganhou as manchetes ao contar que estava renunciando à prática do “ocultismo e à bruxaria” e que agora se tornou uma seguidora de Jesus.

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.