Cristãos promovem a paz entre fé e ciência
Muitos jovens cristãos que se tornam “desigrejados” argumentam que não conseguem aceitar algumas interpretações literais de textos bíblicos (por exemplo, a criação do mundo em 7 dias definidos por períodos de 24 horas, como temos hoje) e a resistência das igrejas em aceitar fatos científicos.
Para oferecer conteúdos de qualidade que ajudem as escolas confessionais cristãs de ensino médio a enfrentar alguns desses questionamentos, o programa Ciência & Sapiência foi desenvolvido pela Organização Cristãos na Ciência (ABC²).
Trata-se de material didático que promove uma educação “qualificada e inovadora, integrando fé, ciência e filosofia”, informa o site da organização. Com uma abordagem explicitamente cristã de diversos temas atuais como inteligência artificial, direitos humanos, desenvolvimento científico, crise climática e seus desdobramentos éticos, o conteúdo parece um bom ponto de partida para uma pauta sobre como tem sido a evolução desse relacionamento entre escolas cristãs e cientistas, em geral bastante espinhoso.
Para apurar: quais os tópicos mais desafiadores da ciência nas salas de aula das escolas confessionais cristãs, e de que maneira esse material da ABC² contribui com a pacificação dos estudantes evangélicos. Que outras organizações ou cientistas defendem um maior diálogo entre fé e ciência?
*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.