Edição especial: Notícias sobre o conflito Israel-Palestina

Edição especial: Notícias sobre o conflito Israel-Palestina

Grupos evangélicos brasileiros tentam deixar Israel em meio à guerra:

Mais de 100 fiéis brasileiros, incluindo membros de duas caravanas religiosas que estavam realizando turismo religioso em Israel, foram surpreendidos pela guerra. Alguns brasileiros conseguiram sair do país, mas outros ainda estão presos em um hotel em Jerusalém. A Força Aérea Brasileira (FAB) está preparando aviões para resgatar esses cidadãos, enquanto médicos e psicólogos acompanharão a operação. Lideranças religiosas no Brasil têm mostrado apoio a Israel devido a interpretações religiosas que relacionam a retomada do território de Israel com eventos proféticos. (Metrópoles)


Por que tantos evangélicos defendem Israel?

Líderes evangélicos no Brasil têm demonstrado apoio a Israel, em parte devido a interpretações teológicas que veem Israel como um sinal divino relacionado ao fim do mundo. Essa visão tem raízes históricas, ligadas ao movimento dispensacionalista, e se espalhou entre diferentes correntes do protestantismo no país. Além disso, esse apoio também tem se tornado mais politizado, com líderes evangélicos encontrando maneiras de se envolver na política por meio do discurso pró-Israel. O bolsonarismo trouxe uma dimensão bélica-religiosa a esse apoio, justificando a violência em nome do bem contra o mal. Essa mistura de fatores religiosos e políticos influencia a postura de líderes evangélicos em relação a Israel e suas políticas. (BBC)

A erupção de um novo conflito em Israel reacendeu o apoio das redes sociais evangélicas brasileiras à causa sionista, com líderes religiosos e políticos evangélicos expressando solidariedade a Israel e seu direito à autodefesa. Esse apoio está enraizado na crença de que eventos contemporâneos, como a criação do Estado de Israel em 1948, estão relacionados às profecias bíblicas do Apocalipse e à segunda vinda de Jesus. Para os evangélicos, o retorno de Israel é um sinal do cumprimento dessas profecias. No entanto, essa ênfase no apoio a Israel não implica necessariamente na conversão dos judeus ao cristianismo, mas sim na crença de que os judeus podem ser salvos através de sua fé em Jesus Cristo. Esse apoio político também se estendeu a pressões para a mudança das embaixadas de países para Jerusalém, embora no Brasil esse plano não tenha sido concretizado. O apoio a Israel é um fenômeno significativo entre os evangélicos, não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, onde a posição sobre Israel é importante para muitos evangélicos republicanos. (Folha de São Paulo)


Polarização e evangélicos tornam Palestina terreno minado para a esquerda:

O atual conflito entre Israel e o Hamas está causando divisões na política brasileira, com implicações para o campo político de esquerda. A relevância política dos evangélicos, que têm uma forte identificação com Israel, torna sensível a questão do Oriente Médio. O presidente Lula, líder do Partido dos Trabalhadores (PT), fez uma declaração em que caracterizou os ataques iniciais do Hamas como "ataques terroristas", gerando tensões dentro da esquerda brasileira. A mudança em sua retórica é vista como uma tentativa de equilibrar os interesses do governo com grupos de pressão internos e a tradição da política externa brasileira, que historicamente apoia a solução de dois Estados para o conflito Israel-Palestina. A política externa agora desempenha um papel importante na agenda política do Brasil, impactando não apenas a imagem do presidente, mas também as eleições legislativas e as relações internas do campo de esquerda. (Folha de São Paulo)


Grupo de igreja evangélica de Contagem consegue embarcar de volta para o Brasil:

Um grupo de evangélicos da Igreja Batista de Contagem, na Grande BH, conseguiu embarcar de Israel para o Brasil em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) em meio ao conflito em andamento. Eles foram buscados por um ônibus que os levou ao Aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv. O pastor Oziel de Matos compartilhou vídeos mostrando o embarque e descreveu a situação no aeroporto, mencionando explosões e orientações de alerta. Os evangélicos faziam parte de uma caravana no Oriente Médio e chegaram ao Egito no início de outubro, posteriormente entrando em Israel. Após o início dos bombardeios na região, tomaram medidas para retornar ao Brasil. (G1)