Engajamento evangélico nos pleitos estaduais é pequeno

De um modo geral,  muito do que se tem discutido e veiculado na imprenssa a respeito do voto evangélico passa por observações de como essa parcela do eleitorado será decisiva para a definição do próximo mandato presidencial.  De fato, pelo o que tenho observado na denominação em que pastoreio, conversando com colegas e acompanhando as discussões sobre a posição dos eleitores evangélicos nas eleições que se aproximam, a impressão que fica é a de que a disputa pelo comando do executivo federal tem repercutido nas igrejas bem mais do que a escolha para os postos nos governos estaduais, isso para não falarmos na escolha para os deputados e senadores. Ou seja, a repercussão da discussão política partidária no nível local ou estadual não tem sido abordado tanto quanto tem sido as eleições para presidente.

No caso das disputas para o Legislativo e para o Senado é como se o voto do eleitor evangélico não tivesse a mesma importância que se atribuiu a ele no caso do pleito presidencial.

Se este diagnóstico for válido, infelizmente seríamos obrigados a constatar um problema muito triste, referente ao distancimento ou desinteresse do evangélico em definirá as próximas gestões regionais. Em outras palavras, o impacto na vida das pessoas provocado pelas gestões regionais e locais, justamente aquelas que tratam diretamente dos problemas urgentes de cada estado, por exemplo, deveria estar sendo o principal foco de nossas atenções.

O distanciamento do evangélico das disputas para os governos e para a câmara revela, por fim, que as pautas ideológicas que tanto atraem a atenção dos evangélicos a nível federal, estimulando a polarização política, não tem a capacidade de motivá-los a engajar-se na eleição para os outros cargos.