Israel ainda é o povo de Deus?

A defesa de Israel como “povo escolhido de Deus”, conforme declaram muitos textos bíblicos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, fundamenta muitas das posições pró-Israel na guerra em curso contra os terroristas do Hamas, na Faixa de Gaza, dando margem, inclusive, à justificação dos massacres de civis e inocentes.  

Um artigo do pastor Wilson Porte Jr., da Igreja Batista Liberdade, de Araraquara (SP), publicado pelo site Coalizão pelo Evangelho, defende que os que pregam que a nação de Israel, do ponto de vista espiritual, não pode mais ser considerada “povo de Deus” estão equivocados. “Teologica e historicamente isso está errado e desconectado da tradição cristã, inclusive a reformada e puritana (sem mencionar alguns da Igreja Antiga e Medieval), além de desconectado da propria Escritura”.  

Para apurar:  que implicações, inclusive do ponto de vista político, tem, para as igrejas evangélicas, a defesa dessa visão de Israel como povo escolhido? Que posições predominam, por exemplo, na Frente Parlamentar Evangélica? O que creem os deputados e senadores a esse respeito e de que forma essas convicções impactam suas agendas e votos no Parlamento? 

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.

Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.