Mercado audiovisual (enfim) descobre os evangélicos
Duas grandes produções evidenciam o óbvio: o público evangélico, com estimados 50 milhões de brasileiros, é um mega mercado para filmes, séries e minisséries.
Em abril a GNT lança a série “Evangélicos”, dirigida por Alberto Renault e com consultoria do antropólogo Juliano Spyer, criador deste Observatório Evangélico.
É uma incursão na vida cotidiana de seis brasileiros evangélicos, para mostrar os pontos que unem essa grande e diversa família cristã.
Segundo Spyer, o diretor “desejava registrar a intimidade das famílias evangélicas quase como um observador invisível. E fazer isso sem recorrer a estereótipos, um desafio considerando a associação que existe hoje entre evangélicos e bolsonarismo”. Para o antropólogo, que assistiu a dois episódios, Renault “conseguiu criar algo novo”.
Outro lançamento, ainda sem data definida, é o longa metragem “Os Remanescentes”, da distribuidora de filmes cristãos 360 WayUp, em parceria com a produtora Sony Pictures. Segundo nota da revista Comunhão, será o “primeiro filme de suspense cristão produzido no Brasil” e vai falar sobre batalha espiritual no período pré-apocalíptico. A expectativa, segundo o diretor Fabio Faria, é que a iniciativa abra caminho para mais produções nacionais no gênero.
Para apurar: mercado audiovisual de produções para evangélicos finalmente está decolando? Que outras empresas fazem parte desse universo por aqui, além da 360 WayUp?
*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.