Nas igrejas, mulheres trabalham sem remuneração

Nas igrejas, mulheres trabalham sem remuneração

Oitenta e três por cento das lideranças de ministérios femininos nas igrejas americanas trabalham sem ganhar nada, ou seja, de forma voluntária, escreve a articulista Jen Wilkin, da Christianity Today. Ela cita dados de uma pesquisa feita pela organização Life Way Research. Além disso, 86% dessas mulheres carecem de educação teológica ‌formal. “A falta de investimento aponta que o ministério das mulheres é ‘bom, mas não necessário’, escreve @jenwilkin. “Acredito que tal ministério seja essencial e indispensável.” 

Para aprofundar: creio que a maioria das igrejas evangélicas no Brasil ainda coloquem limitações aos tipos de trabalho que as mulheres podem exercer formalmente. Num ambiente de alta informalidade trabalhista como um todo e baixas qualificações no campo teológico entre homens e mulheres, suponho que os índices de remuneração para as colaboradoras devam ser ainda mais baixos que os da pesquisa americana. Vale uma pauta. 

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.