O crescimento das igrejas evangélicas e seu impacto no Brasil, e outras notícias nacionais

O crescimento das igrejas evangélicas e seu impacto no Brasil, e outras notícias nacionais

O crescimento das igrejas evangélicas e seu impacto no Brasil:

O Brasil tem testemunhado um aumento significativo no número de igrejas evangélicas, com a Assembleia de Deus Ministério do Sopro Divino entre elas, que abriu 9.348 templos entre 2010 e 2019, representando um crescimento de 115%. Esse crescimento está associado à adaptabilidade das igrejas evangélicas às culturas das periferias urbanas e à abertura facilitada de novos templos devido a mudanças legais. A linguagem acessível e a forte identificação com as comunidades também desempenham um papel importante nesse crescimento. A expansão das igrejas evangélicas têm impactos demográficos e políticos, visto que no cenário político brasileiro tem aumentado a influência das igrejas evangélicas, que ocupam espaços nas bancadas parlamentares. (Fonte: Estadão)


Análise do fenômeno evangélico no Brasil requer superar perspectivas simplistas:

O fenômeno evangélico no Brasil tem despertado um interesse significativo de intelectuais, jornalistas e políticos, dada sua influência crescente no cenário político e cultural do país. Análises desse fenômeno frequentemente se dividem em duas perspectivas opostas: uma visão que retrata os evangélicos como ícones do obscurantismo e do retrocesso, ameaçando a laicidade do Estado e a diversidade cultural; e outra que destaca o papel das igrejas evangélicas como catalisadores de dignidade social, especialmente em comunidades periféricas. No entanto, a complexidade do movimento evangélico não pode ser reduzida a essas polaridades, mas exige uma análise que evite simplificações e reconheça a diversidade dentro desse grupo. (Fonte: Diplomatique)


Relação entre religião e política nas eleições no Brasil mudou entre 2018 e 2022:

No contexto das eleições presidenciais no Brasil, a interação entre política e religião desempenhou um papel crucial. Em 2018, Jair Bolsonaro atraiu o apoio de grupos religiosos conservadores, principalmente evangélicos, com discursos moralistas e alianças com líderes religiosos, o que ajudou em sua vitória. No entanto, em 2022, embora Bolsonaro tenha mantido a conexão com evangélicos, perdeu o apoio suficiente para vencer o ex-presidente Lula, que também recebeu votos significativos de pessoas sem religião e católicos, possivelmente devido ao estilo mais conciliatório e à postura progressista de Lula. (Fonte: Instituto Humanitas Unisinos)


Aumento na aprovação do presidente Lula entre os evangélicos:

A pesquisa Genial/Quaest divulgada revelou um aumento na aprovação do presidente Lula em grupos nos quais ele enfrentava resistência desde as eleições. Pela primeira vez no ano, a aprovação de Lula superou numericamente a desaprovação entre evangélicos, na Região Sul e entre os brasileiros de renda mais alta. A aprovação também cresceu nos estados do Sul, subindo 11 pontos em dois meses, alcançando 59%. No eleitorado evangélico, Lula conseguiu uma aprovação de 50%, superando a desaprovação que ficou em 46%. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 14 de agosto, com 2.029 entrevistados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. (Fonte: O Globo)


PF prende pastor, cantora gospel e influencers evangélicos pelos atos do 8 de janeiro:

Polícia Federal prende pastor, cantora gospel e influencers evangélicos pelos atos do 8 de janeiro. Entre os detidos estão o pastor evangélico Dirlei Paiz, conhecido por suas publicações contra o presidente Lula, e a cantora gospel Fernanda Oliver, que transmitiu ao vivo a invasão ocorrida em janeiro. A operação, nomeada "Lesa Pátria", ocorreu em diversos estados do Brasil e tem como alvo suspeitos de incentivar o movimento chamado de "Festa da Selma", que organizou e coordenou as invasões, compartilhando instruções detalhadas e coordenadas para os ataques a prédios públicos, usando termos como “guerra”, “ocupar o Congresso” e “derrubar o governo constituído”. (Fonte: CNN Brasil)


Líder da bancada evangélica diz não ser aliado do presidente Lula, mas procura o diálogo:

O deputado federal Silas Câmara, presidente da Frente Parlamentar Evangélica, afirma que embora não seja aliado do ex-presidente Lula ou da esquerda, sua formação cristã o leva a buscar o diálogo. Ele defende a manutenção do apoio à ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando que as afinidades entre Bolsonaro e a bancada evangélica são baseadas na segurança dos princípios compartilhados. Câmara também menciona a importância de manter posições conservadoras, como a restrição ao aborto e a oposição aos direitos LGBTQIA+, e enfatiza a intenção de fortalecer a atuação da bancada nas comissões do Congresso Nacional para defender os interesses evangélicos. (Fonte: Folha de São Paulo)


Evangélicos também querem respostas sobre o assassinato de Marielle:

O assassinato de Marielle Franco em 2018 despertou reações diversas entre grupos religiosos, incluindo igrejas progressistas que se manifestaram em repúdio. No entanto, a visão de que evangélicos, tanto progressistas quanto conservadores, permaneceram indiferentes ao caso é questionada. Muitos evangélicos progressistas, mesmo sem cargos de liderança, em igrejas conservadoras, incluindo as de matizes fundamentalistas, optaram pelo silêncio devido a possíveis represálias e assédio em suas comunidades religiosas, como uma estratégia de sobrevivência. O texto destaca a complexidade do campo evangélico, com sua diversidade e diferentes matizes, mas que em meio a tais nuances, evangélicos e evangélicas progressistas continuam a questionando sobre os responsáveis pelo assassinato de Marielle. (Fonte: Folha de São Paulo)