O Menino Jesus nos ensinou a gritar

O Menino Jesus nos ensinou a gritar
Créditos: Gerd Altmann

Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, expressa sua aversão ao idealismo sentimentalista presente em muitas canções de Natal, inicialmente destacando o contraste entre a representação suave e tranquila do nascimento de Jesus nessas músicas e a realidade bíblica. Ele argumenta que o presépio estava situado em uma zona de guerra, marcada pelo censo romano e pela ameaça de Herodes.

Ao rejeitar a ideia de uma noite silenciosa, Moore enfatiza o choro de Jesus na manjedoura como um aspecto fundamental de sua humanidade, criticando a concepção de que o choro de um bebê seria um pecado. Ele destaca que isso faz parte da natureza humana que o Filho de Deus assumiu ao encarnar. A análise vai além das representações estilizadas da Natividade, propondo uma reflexão sobre o significado mais profundo desses momentos.

O texto também aborda a importância do choro na experiência da fé, conectando-o ao clamor do "Aba, Pai" nas Escrituras. Moore sugere que, ao seguir a vida de Jesus, os crentes são chamados a serem como crianças, dependendo de Deus e expressando seus clamores. Essa abordagem contrasta com uma visão mais contemplativa e introspectiva da espiritualidade.

Ao final, o autor ressalta que a vida cristã não é caracterizada apenas por momentos de tranquilidade, mas também por situações turbulentas, como o nascimento e a morte de Jesus. Ele destaca a dualidade da manjedoura e da cruz como elementos cruciais na história da fé cristã, concluindo que, mesmo quando não há silêncio, cada noite é santa devido à presença desses significativos acontecimentos.

A matéria completa pode ser lida na Christianity Post.