O que os missionários pensam sobre o marco temporal?

O que os missionários pensam sobre o marco temporal?

“A Frente Parlamentar Evangélica, que olhava os territórios indígenas como campo missionário, passou a olhar como fonte de riquezas. Os fiadores do ministro terrivelmente evangélico, André Mendonça, se converteram à pregação das bancadas do agronegócio e da mineração.” O post no X (ex-Twitter) é de Valdemar Figueredo (Dema), doutor em Ciência Política e em Teologia, escritor e pastor.

Dema se refere à votação do marco temporal na semana encerrada na sexta-feira (1/9). O Supremo Tribunal Federal (STF) julga tese que defende que só pode haver demarcação de terra para comunidades indígenas que ocupavam a área no dia da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. O placar do julgamento estava em 4x2, contra esse entendimento. Um dos votos favoráveis foi o do ministro evangélico, pastor André Mendonça.

Para apurar: os territórios indígenas são campo missionário para algumas organizações evangélicas de peso há quase meio século. Quais são essas organizações? Quem são seus líderes missionários e o que mudou na abordagem de evangelização desde que começaram seu trabalho entre os indígenas de várias tribos e povos? Qual a posição desses missionários com relação ao marco temporal? E por que a bancada evangélica no Congresso, hoje, apoia a tese, como afirma o pesquisador/pastor Dema?

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.