Pastores devem ser proibidos de pregar que a prática homossexual é, segundo a Bíblia, um pecado?

Pastores devem ser proibidos de pregar que a prática homossexual é, segundo a Bíblia, um pecado?
Victor Madrigal-Borloz, especialista independente “em orientação sexual e identidade de gênero” da Organização das Nações Unidas (ONU) - Créditos: UN PHOTOS/ONU

Esta coluna aponta assuntos relevantes e atuais do universo evangélico brasileiro e mundial, que podem ser aprofundados pela mídia secular ou religiosa.

Victor Madrigal-Borloz, especialista independente “em orientação sexual e identidade de gênero” da Organização das Nações Unidas (ONU) parece acreditar que sim. Ele escreveu um artigo defendendo que as crenças religiosas que confrontam o estilo de vida LGBT+ devem estar “além do escopo da liberdade correta de religião ou crença”. Ou seja, não devem ser amparadas pelo direito à liberdade religiosa. Para ele, essas crenças “podem ter consequências graves e negativas para a personalidade, dignidade e espiritualidade das pessoas LGBT”, motivo pelo qual não devem ter a garantia da liberdade religiosa. As informações são do site Gospel Mais. Os argumentos do analista da ONU são rebatidos pelo Religious Freedom Institute (RFI), que emitiu um alerta sobre o risco de que esse discurso se torne uma ferramenta de perseguição e censura aos cristãos. Se um pastor, padre ou rabino ensinar que a relação entre pessoas do mesmo sexo é considerada um pecado e que a homossexualidade, segundo a Bíblia, é condenada por Deus, tal ensino poderia ser proibido.

Para aprofundar:  que outros ensinos religiosos poderiam ser enquadrados a análise do especialista ONU?

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.