Podemos construir um evangelismo que afirme a transidentidade?
A entrevista com Rebecca Jane Morgan, autora de "Gender Heretics: Evangelicals, Feminists, and the Alliance Against Trans Liberation" no Veículo Sojourners merece destaque.
Ela aborda suas visões sobre a inclusão de pessoas transgênero nas comunidades evangélicas. Morgan, uma evangélica trans, acredita que as visões evangélicas sobre a inclusão transgênero não são imutáveis. Ela relembra um momento em 2013 quando Pat Robertson, um pastor evangélico de direita, deu uma resposta surpreendentemente matizada sobre cirurgias de afirmação de gênero, embora mais tarde tenha voltado a uma postura mais rígida. Morgan vê isso como um exemplo da maleabilidade das visões evangélicas e está comprometida em persuadir seus companheiros de fé sobre a questão.
Na entrevista, Morgan discute sua jornada pessoal, desde uma infância no nacionalismo cristão até se tornar Quaker e, eventualmente, voltar ao evangelicalismo como uma pessoa trans. Ela fala sobre a lentidão do processo de persuasão e a importância de abordar os evangélicos em seus próprios termos teológicos. Morgan observa que o desafio está em superar a dissonância cognitiva: os evangélicos podem amar pessoas trans que conhecem, mas ainda assim acreditar em estereótipos negativos. Ela argumenta que a mudança teológica é um projeto de longo prazo, mas vê sinais de que o evangelicalismo, devido à sua ênfase na experiência pessoal, está bem posicionado para entender e aceitar pessoas transgênero.
A entrevista pode ser conferida aqui