São os evangélicos brancos radicais que decidirão se Donald Trump vencerá ou não as eleições americanas, e outras notícias internacionais

São os evangélicos brancos radicais que decidirão se Donald Trump vencerá ou não as eleições americanas:

O poder avassalador de Donald Trump nas eleições americanas não reside apenas em seu carisma ou controle sobre o Partido Republicano, mas sim no apoio fervoroso dos evangélicos brancos radicais e na guerra cultural que travam nos Estados Unidos. Embora outros candidatos republicanos, como Ron DeSantis e Nikki Haley, possam ser mais habilidosos em certas áreas políticas, Trump continua a dominar devido à percepção de que ele é o "bárbaro" necessário para proteger os valores conservadores. Seu compromisso com pautas morais, como o aborto e os direitos LGBTQIA+, e suas nomeações conservadoras para a Suprema Corte são vistos como fundamentais para muitos evangélicos. Apesar de seus erros e controvérsias, Trump é visto como o defensor mais forte do nacionalismo cristão, o que o torna imensamente popular entre esse grupo demográfico e desafiador para outros candidatos republicanos. Sua estratégia de se apresentar como o escolhido de Deus para "resgatar" o país reforça ainda mais sua posição entre os evangélicos brancos, que veem nele o líder necessário para vencer a "guerra cultural" que acreditam estar ocorrendo nos Estados Unidos. Se Trump retornar à Casa Branca em 2024, será em grande parte devido ao apoio fervoroso desses eleitores, determinados a proteger sua visão conservadora da América. (The Intercept)

‘God & County’ documenta a aquisição nacionalista cristã do evangelicalismo:

"God & Country" é um documentário que aborda o fenômeno do nacionalismo cristão de forma equilibrada, explorando suas raízes, impacto na sociedade e respostas possíveis. Com uma variedade de especialistas, o filme oferece uma compreensão abrangente do assunto, destacando tanto preocupações progressistas quanto conservadoras. Ele examina as ameaças percebidas à democracia e à saúde do cristianismo, enquanto também destaca a importância do envolvimento cívico e da solidariedade com os vulneráveis. Em última análise, o documentário busca promover uma reflexão crítica e construtiva sobre o papel do nacionalismo cristão na sociedade contemporânea. (Sojourners)

Os anúncios cristãos evangélicos do Super Bowl e a reação a eles:

O anúncio do Super Bowl intitulado "Lava-pés" gerou discussões diversas devido à sua mensagem sobre o amor ao próximo. O comercial retrata pessoas lavando os pés umas das outras em vários cenários modernos, com a ideia de que esse gesto simboliza a ausência de ódio, seguindo o exemplo de Jesus. No entanto, houve críticas sobre a forma como o anúncio foi executado, levantando questões sobre sua autenticidade e eficácia. Além disso, algumas preocupações surgiram em relação às ligações do anúncio com organizações conservadoras e se ele realmente reflete os ensinamentos de Cristo de maneira apropriada. (Vox)

Humza Yousaf é 'ingênuo' sobre ligações com doadores cristãos evangélicos, dizem grupos de direitos humanos:

Grupos de direitos civis criticaram Humza Yousaf, primeiro-ministro da Escócia e membro do Partido Nacional Escocês (SNP), por suas conexões com Sir Brian Souter, um milionário que financia grupos cristãos conservadores. Souter é conhecido por sua oposição ao casamento igualitário, direitos ao aborto e direitos trans. Ele organizou um jantar de negócios privado com Yousaf, apesar de suas divergências em questões sociais. Souter também doou para grupos evangélicos nos EUA, alguns dos quais enfrentaram acusações de discriminação e conduta coercitiva. Yousaf defendeu as políticas progressistas do SNP, mas sua associação com Souter levantou preocupações sobre influência regressiva. Souter, por sua vez, afirmou seu compromisso com causas seculares e religiosas em todo o mundo. (The Guardian)

Grécia vira 1º país de maioria ortodoxa a legalizar casamento gay:

O parlamento da Grécia aprovou um projeto de lei para legalizar o casamento homossexual, tornando-se o primeiro país de maioria cristã ortodoxa a fazê-lo. O projeto recebeu apoio tanto da coalizão de centro-direita do primeiro-ministro Mitsotakis quanto da oposição de esquerda do partido Syriza. Mitsotakis destacou que, apesar da vitória, ainda há ajustes a serem feitos na lei, especialmente em relação aos direitos dos pais em casais do mesmo sexo. (Crusoé)

A Catholic priest, an evangelical pastor and the battle for souls in the deepest Amazon

Após as chuvas cessarem, o Padre Moisés Oliveira navegou pelo Rio Purus até São Miguel, uma comunidade isolada na Amazônia, historicamente católica, mas que recentemente enfrentou divisões profundas devido à chegada de um pastor evangélico e à conversão de muitos de seus membros ao evangelicalismo. Essas conversões geraram conflitos e suspeitas dentro da comunidade, onde anteriormente eventos católicos reuniam todos os moradores. O pastor evangélico, conhecido por sua capacidade de atrair seguidores, inclusive ex-católicos, promoveu uma mudança significativa na dinâmica religiosa e social de São Miguel, desafiando a liderança do Padre Moisés e do catolicismo na região.

O Padre Moisés, enfrentando o declínio do catolicismo em toda a América Latina e especialmente no Brasil, seu país natal, viu na visita anual a São Miguel um momento de confronto com as consequências da expansão evangélica. A visita destacou não apenas as mudanças religiosas locais, mas também o desafio maior enfrentado pela Igreja Católica em manter sua presença e relevância em áreas remotas e urbanas, em meio a uma crescente preferência pelo evangelicalismo, que oferece formas de culto mais expressivas e acessíveis a populações desatendidas pelo catolicismo tradicional.

As divisões em São Miguel refletem um fenômeno mais amplo no Brasil, onde o crescimento do evangelicalismo está reconfigurando o panorama religioso, desafiando a hegemonia católica estabelecida desde a colonização portuguesa. A narrativa de São Miguel, com suas histórias pessoais de fé, mudança e conflito, ilustra as tensões e as transformações em curso, revelando as complexidades de uma guerra santa que vai além da teologia, abrangendo questões de poder, identidade e perten (Washington Post)