Som da Liberdade, a estreia tão aguardada

Som da Liberdade, a estreia tão aguardada

Talvez o mais polêmico filme de 2023 estreou nesta quinta-feira, 21. O Som da Liberdade é a adaptação da história real de Tim Ballard, ex-agente do governo americano que abandonou o trabalho para fundar a Operation Underground Railroad, organização sem fins lucrativos de combate ao tráfico sexual infantil. Segundo a revista Rolling Stone, desde a sua estreia nos EUA, em julho, a produção independente, realizada com a ajuda de financiamento coletivo (como aconteceu com The Chosen, outro fenômeno cinematográfico cristão), arrecadou mais de US$ 180 milhões (cerca de R$ 873 milhões) em bilheteria até o momento.
O filme é controverso por supostamente fazer alusão à teoria da conspiração conhecida como QAnon, que é bastante popular entre a extrema-direita nos EUA. Essa narrativa falsa fala sobre a existência de uma rede global formada por adoradores do Satanás, pedófilos e canibais responsáveis pelo tráfico sexual de crianças.


Para apurar: que lideranças evangélicas brasileiras defendem a QAnon e tem propagado fakenews a respeito desse tema? Quais os números de bilheteria do Som da Liberdade no Brasil? Que críticos não-religiosos estão recomendando o filme? Existe um modelo de cinema “cristão” brasileiro que poderia se valer do exemplo de crowdfunding utilizado por Som da Liberdade e The Chosen?


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.